Saiba o que considerar para implementar esse conceito que hoje norteia o desenvolvimento da produção fabril.
Propondo a integral automatização das operações e dos processos, e sua integração em sistemas capazes de ajustar-se de maneira também automática a cada nova demanda, e a cada contexto de produção, o conceito da Indústria 4.0 consolidou-se como uma das principais diretrizes da trajetória de desenvolvimento da produção industrial.
Corretamente planejado e implementado, esse conceito pode proporcionar inúmeros benefícios a quem atua em qualquer segmento da indústria: muito destacadamente, no competitivo mercado da transformação de resinas.
Alguns desses benefícios:
- Economia de matéria-prima e de recursos como energia e água;
- Ganho de agilidade no atendimento das demandas;
- Redução de perdas e de custos com estoques;
- Possibilidade de rápida correção de alguma desconformidade na qualidade dos produtos;
- Realização de ações de manutenção preditiva, minimizando a probabilidade de paradas inesperadas na planta.
Em algum momento, a indústria brasileira de transformação do plástico precisará valer-se das propostas da Indústria 4.0; em alguns casos, até começa a fazer isso. Mas precisará avançar mais nesse processo, até porque, em concorrentes de outros mercados – da Ásia, da Europa, da América do Norte -, ele hoje evolui em ritmo acelerado.
Nesse texto, apresentamos algumas considerações que devem ser feitas por quem pensa em implementar, em uma planta de transformação de plástico, as práticas e as recomendações da Indústria 4.0.
Transformação 4.0
Diversos tópicos devem ser considerados em um projeto de implementação da Indústria 4.0 em uma planta de transformação de plásticos (alguns, válidos também para empresas de outros setores).
Alguns tópicos a serem abordados:
- Sensoreamento – A integração das máquinas exige sensores para capturar, em tempo real, informações referentes tanto aos equipamentos quanto à matéria-prima. No caso de produção de peças plásticas, temperatura, pressão, velocidade de ciclos, consumo de energia, entre inúmeras outras.
- Redes – As informações provenientes dos sensores devem trafegar por uma rede, podendo ser acessadas pelos gestores a qualquer momento, e em qualquer lugar. Esse intercâmbio das informações deve tanto possibilitar ajustes automáticos a cada nova demanda – caso o sistema da fábrica esteja integrado ao sistema de gestão da empresa -, quanto permitir comparação de desempenhos e indicar a necessidade de ajustes.
- Robôs – Nos preceitos da Indústria 4.0, robôs substituem, em doses crescentes, a ação humana em tarefas repetitivas, que eles realizam de maneira não apenas mais produtiva, mas também mais precisa e padronizada. Em transformadores de plásticos, já executam tarefas como extração das peças das injetoras, empilhamentos de peças, cortes em processos de produção contínua, entre outras.
- Moldes – Sistemas já disponíveis no mercado realizam de maneira muito rápida, sem a necessidade de intervenção de operadores, trocas de moldes dos mais diversos portes, tenham acoplamento magnético ou hidráulico.
Planejar é fundamental
Seja pelos recursos que exige, seja por seus impactos em uma planta produtiva, a Indústria 4.0 é conceito praticamente impossível de ser implementado em uma única etapa.
Também não é possível definir, de antemão, por onde iniciar essa implementação, pois isso depende da realidade de cada empresa.
Deve haver então um planejamento prévio, que pode inclusive exigir a assessoria de especialistas. E que deve envolver profissionais das diversas áreas da empresa: afinal, todos serão impactadas pelo processo.
As máquinas e os periféricos mais modernos já trazem de fábrica os sensores e os dispositivos necessários a sua integração em rede; em outros, é possível instalá-los. E existem softwares que simulam virtualmente a linha de produção, indicando os melhores locais para a instalação de sensores, permitindo a detecção de gargalos, verificando pontos onde há mais urgência de melhorias, além de avaliar os custos.
Também há recursos tecnológicos, e modalidades comerciais, que facilitam o acesso aos softwares, e à integração dos equipamentos em redes: caso da computação em nuvem, que elimina a necessidade de estruturação de grandes bancos de dados, e a comercialização dos softwares pelo uso, sem que seja preciso adquiri-los.
Importante porém lembrar: circulando em rede, as informações das empresas ficam mais sujeitas a ataques virtuais, exigindo que se dê atenção com a cybersergurança (algo que as grandes empresas provedoras de computação nas nuvens, que podem armazenar as informações, hoje fazem em ampla escala).
Converse então com sua equipe, consulte especialistas caso julgue necessário. Mas tenha uma certeza: se ainda não faz isso, em algum momento você precisará incorporar propostas da Indústria 4.0 a sua planta de transformação. E saiba que nesse processo, e em qualquer outra necessidade, você sempre pode contar com a Piramidal, a maior e a mais qualificada distribuidora de resinas do mercado brasileiro.