Os plásticos de engenharia derivados do estireno são excelentes opções para as mais diversas aplicações. As resinas estirênicas integram um conjunto muito versátil e qualificado de matérias-primas, todas elas com uso já bem estabelecido em aplicações em muitos setores.
Há nesse grupo uma commoditie: o poliestireno, empregado em ampla escala em produtos eletroeletrônicos, artigos descartáveis, embalagens, utilidades domésticas, entre outras aplicações. Mas o grupo das estirênicas inclui, ainda, resinas de engenharia empregadas por indústrias bastante exigentes, como o setor automotivo e a produção de eletrodomésticos e de artigos médicos.
Resinas de Engenharia
ABS
Combina bom balanço de propriedades físicas e químicas com ótimo acabamento superficial, e um custo bem competitivo. É uma resina bastante versátil, disponível no mercado com diferentes características, como ABS high heat – que suporta temperaturas mais elevadas -, ABS de uso geral, ABS para extrusão e ABS de alto impacto.
ASA
Associa as principais características do ABS a uma maior resistência a intempéries, capaz de manter por mais tempo suas características físicas e as cores das aplicações. Pode ser transformada pelos mais diversos processos.
SAN
Tem transparência próxima à do vidro associada à excelente resistência química, bem como à tração, à flexão e a temperaturas altas ou baixas. É facilmente processável por injeção, por extrusão e sopro.
Utilizações consolidadas
A versatilidade e as propriedades físicas e químicas favoráveis garantem diversos usos às resinas estirênicas de engenharia. Alguns deles incluem:
ABS
O ABS está hoje presente em componentes de automóveis – como grades e colunas de portas de janelas -, em embalagens de cosméticos, em painéis traseiros de televisores, em capacetes de motociclistas, em peças da construção civil – como espelhos e caixas de tomadas -, em perfis extrudados para acabamento de móveis. Aceitando bem a metalização e a cromação, tem uso intenso também em metais sanitários.
ASA
A indústria automobilística utiliza ASA em autopeças, como grades e molduras de retrovisores, entre outras. Mas sua resistência a intempéries possibilita o uso dessa resina também em produtos instalados em ambientes externos, como antenas, mobiliário colocado ao ar livre, revestimentos de telhados, sistemas de jardinagem, peças externas de máquinas agrícolas, entre outros.
SAN
Excelente opção para peças técnicas que exigem transparência, a resina SAN aparece em larga escala em copos de liquidificadores e de processadores de alimentos, mas também em visores de eletrodomésticos, em utilidades domésticas e em embalagens de cosméticos.
Monômero em comum
A denominação genérica ‘resinas estirênicas’ provém do fato de todas elas trazerem em sua composição o monômero de estireno.
O ABS, por exemplo, é a designação simplificada de Acrilonitrila Butadieno Estireno (ou Acrylonitrile Butadiene Styrene, no original em inglês). Já as siglas ASA e SAN significam, respectivamente, Acrilonitrila Estireno, Acrilato e Copolímero Estireno-Acrilonitrila (em português).
Essas resinas adequam-se muito bem à formação de blendas. A mais usual entre elas é a blenda ABS/PC, que combina o acabamento visual do ABS com a enorme resistência do policarbonato, e é utilizada nas indústrias automobilística e de eletroeletrônicos.
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