Quais são as projeções de retomada da economia na indústria e o que esperar do futuro pós-pandêmico no setor da economia circular? Saiba mais com a leitura deste artigo!
Os impactos da pandemia nos modelos de consumo
A crise ocasionada pela pandemia de Covid-19 tem sido um dos maiores problemas atuais, principalmente aqui no Brasil, onde as perdas humanitárias foram inestimáveis e resultaram em uma enorme recessão econômica.
No entanto, a pandemia também trouxe mudanças que impactam diretamente em nosso modo de consumo, alterando toda cadeia produtiva que tem redefinido seus valores e passou a se planejar para os próximos desafios: a implantação de um modelo de produção mais sustentável, que consiga em um futuro próximo erradicar a economia linear como conhecemos.
Os impactos ambientais da Economia Linear
Não é mais segredo para ninguém que o estilo de vida promovido pela economia linear apresenta efeitos colaterais nocivos para a sociedade, como a poluição, o desmatamento, o empobrecimento dos solos férteis, o esgotamento dos recursos naturais finitos, a redução da biodiversidade e as alterações globais no clima, como elenca este estudo publicado no portal NEITEC.
Dessa forma, a gestão da sustentabilidade tem ganhado espaço na agenda estratégica de empresas de diferentes segmentos econômicos, inclusive da indústria do plástico.
Sendo assim, entender as causas da pandemia é essencial para refletir que ela é resultado de atividades humanas desenfreadas e do nosso comportamento em relação à natureza.
É por isso que o pensamento de longo prazo é fundamental para que elas ultrapassem momentos de crise, contribuindo diretamente para a saúde econômica e o desenvolvimento do País e do mundo.
A resposta está na Economia Circular
Em meio às incertezas geradas pela pandemia, é possível encontrar soluções na Economia Circular. Os estágios iniciais da crise do coronavírus revelaram a fragilidade de muitas cadeias de suprimentos globais, como por exemplo, a de equipamentos médicos.
Nesse caso, os princípios circulares forneceriam soluções confiáveis, uma vez que políticas de projeto e produto, como reparabilidade, reutilização e potencial para remanufatura, oferecem disponibilidade de estoque e competitividade.
Agora, segundo relatório da Mordor Intelligence, o mercado global de dispositivos médicos recondicionados deve crescer mais de 10% ao ano entre 2020 e 2025. Isso representa uma menor dependência de novas matérias-primas, redução de custos e diminuição da emissão de gases de efeito estufa, como previsto pela publicação “Economia Circular: mais relevante do que nunca” disponível no portal Biosphere World.
É preciso voltar o olhar para as fontes de energia renováveis
Ainda citando o estudo publicado no portal NEITEC, outro fator de suma importância para o futuro pós-Covid-19 trata do incentivo às energias renováveis, cuja discussão tem ganhado forças no último ano como única via possível para a reversão da degradação ambiental acelerada.
A rapidez com que foram observadas as respostas do meio ambiente às reduções das atividades industriais e de circulação de automóveis, reflete o tamanho do impacto da ação humana nas mudanças climáticas. Diante desse contexto, dados relatados pela ONU em 2020 apontam que a queda nos custos da energia limpa deve impulsionar ação climática na recuperação pós-pandemia.
Além disso, a cada dia surgem novos e inovadores estudos apontando a criação de fontes renováveis de energia utilizando materiais recicláveis, como a nova descoberta publicada na revista eletrônica Época Negócios, na qual cientistas constataram ser possível transformar plástico descartado em combustível.
Os cientistas afirmam ser possível fazer essa transformação com um tipo específico de plástico: o polipropileno, usado em diversas embalagens de alimentos, cosméticos e produtos de limpeza, que representa um quarto do volume de plástico descartado nos últimos 50 anos.
Conclusão
Algumas estratégias circulares, que já vinham sendo construídas antes da pandemia, têm se mostrado promissoras no período de recuperação. Dessa forma, precisamos voltar a intensificar as discussões sobre o planejamento global para minimização dos impactos econômicos, sociais e ambientais que vivenciamos, colocando a Economia Circular como modelo potencial para este fim.
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