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Entrevista com Edson Simielli – Gerente de Resinas de Engenharia da Piramidal

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Resinas de Engenharia permitem a produção de artigos indispensáveis no combate ao Coronavírus: por exemplo, dos EPIs destinados aos profissionais que atuam na linha de frente do combate à pandemia, e dos respiradores que ajudam a garantir a sobrevivência de inúmeras pessoas.

Mas Resinas de Engenharia (RE), também são amplamente empregadas na fabricação de produtos de maior valor agregado, cuja demanda foi severamente reduzida pela pandemia: automóveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, entre outros.

“Temos perspectiva de uma retomada lenta e gradual nos negócios de RE, principalmente com o reinício da produção da indústria automobilística, responsável por aproximadamente 30% de seu consumo”, diz Edson Simielli, gerente de Resinas de Engenharia da Piramidal, na entrevista abaixo.

Momento atual

Não apenas no Brasil, mas em âmbito mundial, o Coronavírus causou um impacto dramático nos negócios de RE. Ele só não foi pior pela necessidade de aumento da produção de alguns equipamentos médico-hospitalares essenciais ao combate da Covid-19, como EPIs, incubadoras, aparelhos de respiração forçadas, que utilizam policarbonatos, ABS, poliéster, resinas modificadas e de alto impacto, entre outras RE’s.

Os setores industriais que mais negativamente afetaram os negócios com essas resinas foram as indústrias automobilística, de eletrodomésticos, eletrônicos e construção civil. Os que menos impactaram foram o setor médico-hospitalar, os agronegócios e a infraestrutura, principalmente de fibras óticas para telecomunicações.

Perspectivas

Temos a perspectiva de uma retomada lenta e gradual nos negócios de RE, principalmente com o reinício da produção da indústria automobilística, responsável por aproximadamente 30% do consumo dessas resinas. Esses setores, bem como a construção civil e a produção de ferramentas industriais, deverão ter um crescimento mais lento.

Além do setor médico-hospitalar, outros que devem retornar mais rapidamente são os agronegócios e a infraestrutura de telecomunicações.

As resinas na retomada

O portfólio de Resinas de Engenharia da Piramidal é o maior do Brasil, e todos os seus produtos são classificados como ‘termoplásticos’, ou seja, são facilmente moldáveis e recicláveis.

E, em nosso caso, esses produtos são fornecidos por líderes mundiais nos respectivos segmentos. Isso possibilita que nossa equipe de engenharia esteja constantemente conectada com as equipes técnicas desses fornecedores, buscando informações e recebendo treinamento sobre tudo o que de mais avançado vem sendo feito no mundo. Assim, podemos trazer ideias e soluções para novas aplicações, contribuindo para o crescimento, melhoria de qualidade dos produtos e aumento da produtividade dos clientes.

O plástico minimizando impactos

Sem plásticos seria extremamente difícil produzir, com a segurança e velocidade necessárias, aplicações para o combate ao Covid-19.

E me refiro tanto às commodities utilizadas na fabricação de descartáveis, máscaras, embalagens rígidas e flexíveis, pisos, tubulações, quanto às RE’s destinadas a EPIs, carcaças de equipamentos hospitalares, monitores, painéis, estrutura de mesas, armários modulares, bandejas esterilizáveis, dentre muitos outros produtos importantes no combate à pandemia.

Dados do mercado

A unidade de resinas de engenharia (RE) da Piramidal possui o mais completo portfólio de resinas do Brasil. Distribuímos materiais dos principais líderes mundiais, como Sabic, DSM, Advansix (ex. Honeywell), Toray, Unigel e KEP.

Estamos presentes na maioria dos estados brasileiros, onde a região Sudeste responde por aproximadamente 50% do consumo de nossas resinas; o Sul fica com cerca de 40%, e os 10% restantes vão para as demais regiões do país.

Nossos produtos têm aplicações em diversos setores industriais, principalmente de bens duráveis: casos do setor automobilístico, da indústria de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, da infraestrutura, da construção civil, das indústrias de artigos médico-hospitalares e de EPIs, dos agronegócios, dentre outros.

Por ordem, as resinas de engenharia mais consumidas pelo mercado brasileiro são ABS, SAN, poliamidas, policarbonatos e suas blendas, poliacetais e acrílicos.

Porém, com a crescente adoção de novas tecnologias nos diferentes segmentos industriais, cresce a procura por materiais especiais, com maiores combinações de propriedades mecânicas e térmicas.

Como exemplos, destaco:

  • ARNITEL (TPC), STANYL (poliamida 4.6), XYTRON (PPS), produzidos pela DSM;
  • NORYL (PPO modificado), ULTEM (PEI), VALOX (PBT), XENOY (blenda de policarbonato com poliéster termoplástico) e Policarbonatos Copolímeros (todos produzidos pela SABIC);
  • Inúmeros materiais com propriedades originais modificadas pela incorporação de reforços, cargas, aditivos antichama, resistentes às intempéries, dentre outros componentes que agregam funcionalidades.

Potencial do mercado

Acreditamos muito no desenvolvimento de novas aplicações de RE nos setores de agronegócios, principalmente nos estados da região Sul, em infraestrutura, construção civil, equipamentos industriais e hospitalares, além da indústria automobilística.

A nossa equipe de engenharia tem atuado intensamente no suporte aos projetos de nossos clientes, oferecendo-lhes treinamento e informações relacionadas a novos materiais e novas tecnologias, e ao processo de substituição de materiais tradicionais – como metal, vidro, madeira e termofixos – por resinas de engenharia.

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