Embalagens que tradicionalmente exigiam mais de um material, cuja reciclagem é mais complexa, já são produzidas apenas com poliolefinas.
Combinando as características de diferentes resinas, as embalagens plásticas multimateriais cumprem uma função muito importante: a principal delas – que inclusive tornou seu uso muito disseminado – é a proteção e o prolongamento da vida do produto embalado.
Mas, como tornou imprescindível aliar a eficácia com a sustentabilidade, a cadeia do plástico hoje trabalha no desenvolvimento de embalagens monomateriais – feitas com uma única resina -, mais adequadas à economia circular por serem mais facilmente recicláveis.
Já há atualmente no mercado – e mesmo em uso por grandes marcas -, soluções monomateriais capazes de, em diversas categorias de produtos, substituir embalagens anteriormente feitas com mais de um polímero. Entre elas, destacam-se embalagens flexíveis, agora feitas apenas com polietileno, mas que antes exigiam também uma camada externa de PET (resina que na reciclagem não é compatível com as poliolefinas).
Exemplos de produtos cujas embalagens – stand up pouches, ou de outros formatos -, já trazem essa estrutura monomaterial, são:
- Arroz pronto, biscoitos de arroz, proteínas vegetais, café em pó;
- Produtos pasteurizados, achocolatados, leite em pó, também já se podem valer de embalagens apenas de PE, sem necessidade de PET;
- Fora do universo da alimentação humana, marcas já acondicionam apenas em PE – sem a necessidade do PET -, pet food e lenços umedecidos, entre outros itens;
- Há também embalagens monomateriais com outras resinas: caso do PP, que na forma de BOPP (polipropileno biorientado) é hoje a matéria-prima de sachês de cereais matinais que antes exigiam um laminado composto ainda por poliéster e polietileno (além do próprio BOPP).
Manutenção dos requisitos
Mono ou multimaterial, uma embalagem de alimento precisa sempre atender determinados requisitos. Os principais:
- Conferir barreira protetora contra agentes como oxigênio, gordura, luz;
- Resistência térmica que suporte processos como laminação, além de capacidade de selagem;
- Boas propriedades mecânicas: entre elas, a resistência a rasgos;
- Propriedades óticas favoráveis, com capacidade de aceitar impressão de boa qualidade;
- Processabilidade que permita boa produtividade;
- Tudo isso, obviamente, assegurando a proteção e a manutenção do shelf life do produto.
A manutenção dessas diferentes características demandou o desenvolvimento de grades específicos de poliolefinas, que apresentem maior resistência térmica, entre outras características: isso é possível com tecnologias como a mono ou a biorientação, que também resultam em filmes mais resistentes.
Mas há evoluções também em vertentes como os vernizes capazes de proporcionar barreira – eliminando a necessidade de uso de resinas específicas para essa finalidade -, a nanotecnologia, as novas tecnologias de impressão, que proporcionam a permanência da qualidade visual das embalagens nos novos substratos.
Vantagens em escala
As soluções já disponíveis para estruturas monomateriais tornam-se ainda mais importantes quando percebe sua vinculação com categorias de produtos que utilizam quantidades muito grandes de resinas, e consequentemente geram mais resíduos.
O polietileno, por exemplo, tem justamente na produção de embalagens seu principal destino, e, com 26% do volume total, é a resina mais produzida em âmbito global (dado do Perfil 2023 – As Indústrias de Transformação e Reciclagem de Plástico no Brasil, elaborado pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico).
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