Piramidal cria unidade para disponibilizar um completo portfólio de soluções para a Economia Circular na indústria do plástico
Quem utiliza o plástico como matéria-prima inevitavelmente precisará ajustar seus produtos e processos às práticas recomendadas pela Economia Circular.
Afinal, embora atenda às exigências das aplicações que garantem a qualidade de vida na sociedade moderna não apenas com eficácia, mas também de maneira sustentável, o plástico é continuamente submetido a questionamentos de cunho ambiental.
Ciente dessa realidade, a Piramidal criou uma nova unidade: Soluções Circulares, cujo objetivo é disseminar o acesso a um conjunto qualificado e completo de soluções que atendem aos preceitos da Economia Circular.
Para estruturar e coordenar essa nova unidade, trouxe Fábio Koutchin, profissional com vasta experiência na cadeia do plástico.
Nessa entrevista, Fábio apresenta sua visão sobre a Economia Circular na cadeia do plástico, e fala sobre a nova unidade da Piramidal. Enfatizando a importância da crescente adesão do setor aos processos circulares, ele também ressalta: “Acredito no plástico como material que contribui efetivamente para o aumento da qualidade de vida das pessoas”.
Economia Circular – A economia circular trata de uma mudança de modelo econômico, saindo do tradicional “extrair, produzir, descartar” para um conceito onde o crescimento está associado ao uso mais eficiente dos recursos naturais e à eliminação ou minimização dos impactos ambientais.
Vale destacar que a avaliação de impactos deve considerar todo o ciclo de vida dos produtos, desde sua concepção, produção, transporte, consumo e, por fim, descarte adequado, coleta e reciclagem.
Obviamente esse novo modelo traz enormes desafios e exige uma reorganização de todos os sistemas produtivos atuais:
O design é o primeiro passo – É comum a associação da economia circular à reciclagem, mas é preciso ter em mente que a reciclagem é apenas a etapa final do ciclo, e muita coisa pode ser feita antes.
Tudo começa no desenho do produto, que deve buscar a menor utilização possível de recursos e pode, por exemplo, considerar o uso de matéria-prima reciclada, de fontes renováveis, ou biodegradáveis de acordo com a cadeia de produção e descarte que ele está inserido.
Caminho sem volta – Ainda estamos em um estágio inicial de desenvolvimento dessa nova economia. Mas ela avançará muito já nos próximos anos, por uma série de fatores como a conscientização da sociedade, o necessário avanço nas definições de regulamentação e o desenvolvimento tecnológico em suas várias vertentes: nos produtos, nos processos de produção e nas estruturas de coleta e reciclagem.
Soluções circulares – Um dos objetivos da nova unidade de Soluções Circulares é fomentar dentro de nossa cadeia o desenvolvimento da economia circular, garantindo para as empresas de pequeno e médio porte da indústria do plástico, o acesso às melhores soluções, a preços competitivos.
Primeiros produtos – A nova unidade nasce com o portfólio sustentável de nossos parceiros petroquímicos, que incluem por exemplo os produtos I´m green da Braskem como o PE e EVA de fonte renovável, PE e PP reciclados pós-consumo, os poliestirenos Ecogel da Unigel, além de algumas soluções em plásticos de engenharia de Sabic e DSM.
Também desenvolvemos a linha Eccoar, que até o momento inclui uma ampla gama de resinas recicladas em r-PET, r-PE e r-PP produzidas em parceiros selecionados, com o objetivo de ofertar aos nossos clientes produtos reciclados com o padrão Piramidal de qualidade.
E já estamos estabelecendo novas parcerias, que logo ampliarão essa oferta.
Solução completa – Produtos sempre foram, e seguem sendo, nossa principal linha de atuação. Mas iremos apoiar nossos clientes em todo o processo, desde o design de produto e até a logística reversa.
Podemos usar toda a estrutura da Piramidal em prol dessa solução completa: temos uma área técnica muito forte, temos nossa própria frota, que pode trabalhar em projetos de logística reversa, temos dez centros de distribuição espalhados por todo o país. E nossa expertise abrange praticamente todos os setores da transformação de plásticos.
O valor das parcerias – A economia circular ainda pressupõe uma intensa busca por respostas. Mas já se sabe que ninguém conseguirá encontrar essas respostas isoladamente: por isso, queremos trabalhar em parceria com os clientes e com toda a cadeia, discutindo as oportunidades, e nos colocando como agentes de informação e de mudança.
Situações distintas – Muita coisa já está sendo feita para inserir a indústria do plástico na economia circular. No caso de embalagens por exemplo, grandes brand owners já trabalham com metas bem definidas de sustentabilidade associadas à otimização de suas embalagens e ao aumento da utilização de matérias-primas recicladas.
Por outro lado, muitas empresas ainda têm a visão da resina reciclada como um produto de baixa qualidade, considerando-a apenas uma alternativa para redução de custos.
O Brasil e o mundo – As discussões sobre economia circular avançam rapidamente em todo o mundo. Um dos grandes desafios é que cada país ou região deverá desenvolver suas próprias soluções.
Obviamente podemos aproveitar e adaptar diversas iniciativas, mas não dá para simplesmente copiar e colar na realidade brasileira, soluções desenvolvidas em outros locais, pois há muitas diferenças econômicas, sociais, geográficas, climáticas, entre outras.
Aprofundar as discussões – É preciso começar a discutir com mais profundidade as alternativas mais favoráveis à economia circular, considerando o ciclo de vida do produto como um todo, não apenas de sua embalagem.
Repensar é preciso – Mas realmente muita coisa deverá ser repensada, e não apenas na indústria do plástico, mas em todos os setores. Muitas coisas que hoje usamos e fazemos não foram pensadas para a economia circular, e sim para a economia linear, que consome recursos de forma insustentável. E é a economia circular o caminho a ser seguido.