Essa é uma pergunta muito comum no dia a dia das empresas que trabalham com processamento de plásticos e vamos tentar esclarecer alguns pontos para que a resposta possa ser obtida. Continue lendo abaixo!
Salientamos que a utilização de material moído sempre vai causar perda de propriedades nas peças injetadas quando comparado com a utilização de material 100% virgem, entretanto essa perda pode não significar que a qualidade do produto será afetada significativamente a ponto de impedir a utilização de material moído.
De qualquer forma, não existe uma especificação sobre qual a porcentagem utilizar, pois depende de inúmeros fatores como geometria do produto e requisitos técnicos necessários no produto final.
Como consequência do uso de material moído, podemos observar a diminuição de resistência ao impacto, tração e alongamento, além de possível variação em brilho e tonalidade de cor.
Segundo a UL (UDERWRITERS LABORATORIES), é aceitável a utilização de até 25% de material moído, mas não é uma especificação regulamentada.
Em muitos casos o cliente final pode proibir o uso de material moído, portanto antes de fazer uso de material moído em qualquer porcentagem é necessário se informar junto ao cliente final.
A melhor opção é que cada empresa faça o seu próprio estudo com vários percentuais de material moído para assegurar a qualidade do produto final.
Cuidados necessários para a utilização de material moído:
– o material a ser moído deve estar totalmente livre de impurezas, contaminação ou degradação térmica
– o tempo de estufagem deve ser 2 horas maior que o material virgem
– o material moído deve estar livre de pó e o tamanho dos grãos deve ser o mais próximo possível dos pellets de material virgem, por isso o moinho deve possuir filtro, peneira e as facas devem estar sempre bem afiadas.
É comum em empresas de ponta, a utilização de moído ser feita de forma automática, com o uso de manipulador de canais de distribuição (galhos), moinho e alimentador acoplados à injetora proporcionando um circuito fechado, sem necessidade de estufar o moído. Nesses casos, obviamente o estudo de porcentagem de utilização de moído é feito com base na porcentagem que os canais de distribuição (galhos) representam no peso total de injeção.
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Técnico: José Ivo Peranovich