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bandeira do Brasil feita de pecinhas de plástico

Entrevista com Daniel Garrido, Líder Comercial Norte e Nordeste

Mesmo atuando em uma das regiões brasileiras mais profundamente impactadas pelo coronavírus, o líder comercial da Piramidal no Norte e Nordeste do País visualiza perspectivas positivas no processo de retomada da economia; até porque, ele pondera, a crise gerou uma demanda reprimida que em algum momento precisará ser atendida. Confira a entrevista completa neste artigo sobre a indústria do plástico.

bandeira do Brasil feita de pecinhas de plástico

Daniel Garrido crê que o plástico sairá fortalecido no processo de normalização das atividades: “Sempre muito criticado pela mídia como produto não aderente às questões ambientais, o plástico reafirmou sua importância para a saúde das pessoas”, ressalta.

  • Momento atual: Por ser uma região onde uma importante fatia dos negócios provem do turismo, o impacto da covid-19 é maior que em áreas sem essa característica. Hotéis, restaurantes, bares e pontos turísticos suspenderam seu funcionamento.

Inicialmente, houve um grande aumento da demanda nos segmentos de produtos essenciais, como embalagens de alimentos, higiene e limpeza, hospitalar e farmacêutico, entre outros, que agora já trabalham nos patamares anteriores à crise.

Já segmentos não essenciais, como a indústria automotiva, brindes, móveis e construção civil, registraram forte queda.

  • Perspectivas: O pior já passou, mas a volta é gradual, os negócios estão retornando aos poucos, cada segmento em seu tempo próprio. No entanto, mesmo após a crise, alguns hábitos de consumo serão mudados. Isso significa que a demanda deverá ser ajustada a essa nova realidade e empresas precisarão adaptar seus negócios.

O setor varejista, mesmo não tendo sido o mais afetado, deve ter uma retomada rápida com a abertura do comércio, pois existe uma demanda de consumo reprimida.

A construção civil deve aquecer-se gradualmente, dependendo das regras de cada cidade. E outros segmentos, como brindes e brinquedos devem ter uma retomada mais lenta.

  • As resinas na retomada: As empresas que conseguirem se ajustar mais rapidamente à nova realidade terão mais espaço para crescer. Se a cadeia do plástico for eficaz neste processo, certamente será uma das molas propulsoras da retomada.
  • O plástico minimizando impactos: Muitos produtos plásticos estão ligados à prevenção sanitária: máscaras feitas com não-tecido de PP, face shields, capas, entre outros EPIs.

Além disso, por estarem diretamente relacionadas a setores como as indústrias de alimentos, produtos de limpezas e artigos hospitalares, as resinas seguem gerando empregos e renda nesses segmentos.

Um fato muito relevante desse período é a mudança da imagem do plástico. Ele sempre foi muito criticado pela mídia como produto não aderente às questões ambientais, mas pode ter reafirmado sua importância para a saúde das pessoas e, se bem conduzido, pode ter uma grande recuperação na sua imagem.

  • Dados do mercado:

A economia da região Nordeste se baseia principalmente na agropecuária, na indústria e no turismo.

Na vertente industrial, destacam-se a produção de automóveis, petróleo, alimentação, confecção, gesso, metais e sal marinho. Na Bahia, encontra-se o maior complexo industrial integrado da América do Sul: o polo petroquímico de Camaçari.

Na agropecuária, a cana-de-açúcar é o produto mais importante, com destaque também para o cacau, soja, milho, algodão, arroz e frutas para exportação.

O turismo é mais forte nas cidades litorâneas, tanto nas capitais – como Salvador, Recife e Fortaleza –, quanto em pequenas regiões turísticas, como Porto de Galinhas, Porto Seguro, Morro de São Paulo e Trancoso, entre outras.

Já a economia da região Norte é baseada nas atividades de extrativismo vegetal (látex, açaí, madeiras, castanha) e mineral (garimpos de ouro, diamantes, cassiterita, estanho), agropecuária, pecuária e turismo. Apesar de não figurar entre as mais industrializadas regiões do País, conta com o apoio da Zona Franca de Manaus, um complexo criado pelo governo, para ajudar o desenvolvimento da região.

As embalagens flexíveis formam o setor que mais demanda resinas, principalmente para os setores de varejo, alimentos e indústria. Vêm a seguir a injeção de móveis, UD, baldes e tampas. Já no mercado do sopro, destacam-se as bebidas. Além disso, a maioria das empresas usuárias de resinas é de médio e pequeno porte e trabalha com baixo valor agregado, tendo na resina a sua maior base de custo.

Cada estado do Nordeste tem uma política de incentivos fiscais com redução na alíquota de ICMS, o que aumenta a competitividade da cadeia regional e atrai empresas de outro estados para implantar novas unidades na região.

  • Potencial do mercado: Continuará em crescimento a demanda por produtos relacionados à tecnologia, como cabos e caixa para internet. Também seguirão expandindo-se as linhas de produtos de uso doméstico, como higiene e limpeza, eletrodomésticos e utilidades domésticas, até pelo fato da tendência de aumento do trabalho em home office.

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