O planeta é um organismo vivo, inteligente e que se autorregula em um processo cíclico – ou ao menos deveria. Os impactos negativos causados pelo ser humano têm cada vez mais desequilibrado o processo natural com que os recursos conseguem se renovar, gerando muita preocupação em relação ao futuro. Entretanto, ainda podemos reverter esse quadro com uma alternativa que tem se mostrado eficiente na minimização da degradação do meio ambiente na opinião de estudiosos: a Economia Circular. Neste artigo você conhecerá um pouco melhor esse modelo de sustentabilidade em ascensão. Continue a leitura!
O que é Economia Circular?
O conceito de Economia Circular faz parte do desenvolvimento sustentável, embasado nos processos de reciclagem e reabsorção, que propõe uma mudança nos padrões de consumo para reverter o desequilíbrio ambiental através da utilização eficiente dos recursos naturais, ou seja, ela visa reaproveitar todo e qualquer resíduo material proveniente de recursos renováveis, indo muito além dos famosos três “R’s” (reduzir, reutilizar e reciclar).
Baseada na redução, reutilização, recuperação, reciclagem e sinergia – inspirada nos mecanismos dos ecossistemas naturais, a Economia Circular, que pode ser compreendida como “economia de material”, possibilita um novo modelo econômico por meio da reorganização da coordenação dos sistemas de produção (indústrias) e consumo em circuitos fechados, que reaproveita todos os resíduos sólidos transformando-os em matéria-prima secundária. Essa prática deixa para trás o sistema prejudicial de economia linear (extrair, produzir, consumir e descartar) que explorou massivamente praticamente todos os recursos e contribuiu para o excesso de resíduos descartados indevidamente no planeta ao longo das décadas.
E como funciona?
A Economia Circular integra a ecologia industrial, um ramo das ciências ambientais que analisa o sistema industrial de forma integrada ao meio ambiente e busca meios para prevenir a poluição, promover a reciclagem, a reutilização de resíduos, o uso eficiente dos recursos e insumos produtivos e estender a vida dos produtos industriais.
O maior objetivo da Economia Circular é a geração de lucros através da erradicação do desperdício e total reaproveitamento de resíduos que antes seriam descartados, contribuindo para a saúde geral do sistema. Com esse modelo sustentável é possível evitar que produtos não tenham sua vida encerrada logo após seu consumo, prolongando um ciclo que se reintegra e reestabelece para novas possibilidades.
Conclusão
As oportunidades de repensar e redesenhar nossa forma de produzir são infinitas. É preciso colocar em prática a produção de produtos que possam ser reintegrados na cadeia circular de sustentabilidade através de um sistema que produz, consome e reaproveita. Não seria ideal para a economia e para o planeta lucrar com a ausência de desperdício? Assista ao vídeo A Economia Circular: Repensando o Progresso produzido pela Fundação Ellen MacArthur e entenda melhor todo esse processo.
Diversos países já estão progressivamente implantando os conceitos e no Brasil a ecologia industrial ainda está em processo de construção, mas demonstra um grande potencial frente às questões ambientais de sustentabilidade. Já existem inúmeros projetos de inovação que englobam a Economia Circular na indústria e setores de negócios, áreas que começaram a se movimentar rumo ao estabelecimento e mudança de paradigmas. A partir disso podemos concluir que nos encontramos em um momento de transição para a adoção de um modelo bem-estabelecido e funcional em prol da reversão dos danos ambientais causados pelo padrão de produção e consumo linear, ou seja, a empresa que estiver disposta a integrar a Economia Circular, só tende a colher os bons frutos, tanto econômicos quanto existenciais na construção de um mundo melhor e mais sustentável.
Fontes: www.eCycle.com.br e www.portaldaindustria.com.br